quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Maracatu da Favela incentiva a primeira Escola de Samba mirim do Amapá


Uma das intenções da Maracatu do Amanhã é montar um ateliê permanente na quadra da escola.
Como escola de samba, o Maracatu do Amanhã também 
prepara o seu desfile com a mesma vontade da Verde e Rosa. 
Crédito: Ascom/Maracatu

Uma escola de samba formada por crianças e adolescentes inspirada na Verde e Rosa, assim começou o Maracatu do Amanhã, o Maracatuzinho, em 2001. Ao longo dos anos, a brincadeira foi tomando forma, fixando regras, mas sem perder a inocência contida nas crianças que se divertem nos dias de carnaval nas ruas do Santa Rita.Depois de 12 anos, a escola foi integrada definitivamente a “mãe”, e se transformou em Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu do Amanhã.


Em 2013, o Maracatuzinho sairá em uma ala no desfile da Verde e Rosa na Ivaldo Veras, mas o desejo de toda a diretoria é que a mesma abra o desfile das escolas de samba em 2014.

Brincadeira na Favela

Quem acompanhou de perto o amadurecimento do Maracatuzinho, foi Rita Gonçalves, filha do casal Fifita e Pelé, que tem sua história atrelada a evolução da Verde e Rosa. E que hoje é a presidente do GRES Maracatu do Amanhã. Rita foi a primeira porta-bandeira mirim da Verde e Rosa em 1986, foi promovida a principal, onde desfilou até 2008.

Ela acompanhou de perto o começo do Maracatu do Amanhã. “Após o dia dos desfiles das escolas de samba, cerca de 80 crianças cujo os pais trabalhavam e saiam na agremiação, se reuniam para brincar de carnaval com o resto das fantasias e desfilavam na avenida Carlos Gomes no bairro Santa Rita”, conta. Uma diretoria foi montada na época pelas crianças e tinha Sávio Gonçalves como presidente, além de Sandrinha Gonçalves na diretoria e Cássio Gonçalves como mestre de bateria.

Tudo termina em samba

O desfile era sempre realizado após a Banda, e com tudo que tinha direito, comissão de frente, alas de evolução, alegorias, fantasias, mestre sala e porta-bandeira. A bateria ecoava de um jeito diferente, ao invés dos tradicionais tambores, surdos e caixas, o som era feito com latões de tinta, garrafas PET e alguns metais. Até carrinhos de mão ganhavam forma de alegorias. Tudo sob os olhos atentos da comunidade que sempre incentivou a criançada da favela a seguir a tradição do carnaval.

Prontos para a avenida

Como escola de samba, o Maracatu do Amanhã também prepara o seu desfile com a mesma vontade da Verde e Rosa. Para este ano, o Maracatuzinho terá uma ala inteira na escola principal que contará com casais de mestre sala e porta-bandeira mirim. As outras crianças na que integram o Maracatuzinho, na faixa etária de 8 a 12 anos, desfilarão nos diversos setores da Escola.


A agremiação mirim sempre foi independente quanto a produção de suas fantasias. De acordo com Rita, a comunidade no entorno da Avenida Carlos Gomes realizam eventos ao longo do ano todo, já visando o período carnavalesco.

Além disso, uma das intenções da Maracatu do Amanhã é montar um ateliê permanente na quadra da escola no bairro Santa Rita, para poder oferecer cursos de corte e costura, bordado e modelagem o ano inteiro.

O maior desejo dos integrantes, é que a iniciativa da Maracatu possa despertar nas outras agremiações, o objetivo de incentivar uma liga infantil para proporcionar nos próximos anos um desfile feito apenas por crianças.

Ascom/Maracatu da Favela

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